Diálogos da Esfinge

Inicio aqui meus diálogos com a esfinge, afinando a escuta com o oráculo interior. Serei pergunta e resposta. Por vezes o silêncio, a lucidez e a loucura. Trocarei de papéis e de mistérios. Assim, caminho em direção à esfinge, despindo-me vagarosamente dos meus medos. E vou nua. Ao pé da esfinge, deposito o gesto e a intenção. Ergo os olhos e encaro o que me devora e não me apavora, nesse momento, essa fenda no abismo. Corro o risco da decifração. Eis-me aqui, nesses diálogos...

sexta-feira, março 17, 2006

A falta


Hoje tropecei no seu coração
A mesma pedra pontiaguda
O mesmo urro...
Encolho dentro de mim a fala
De um tempo sem sentido
E recolho o eco da dor
De sua ausência
Com cuidado
Quase devoção
Arremesso pela janela
(Com fúria)
O meu urro e a sua ausência
E já não sei o que fazer de mim!

Hoje tropecei...
A pedra
(Pontiaguda)
O urro
O seu coração!

Tropecei...

1 Comments:

At 2:53 PM, Anonymous Anônimo said...

Olá. Obrigado pela sugestão. Nunca me ligava nisso. Às vezes esqueço que tem outras pessoas que lêem o que escrevo ehehehehe. Pô mais Valeu mesmo. Brigadão. Adorei essa sua poesia e a que se segue abaixo tb. Já senti algo parecido...bem recentemente. Até conhecer o Rafa. Vc tem msn? Se tiver me adiciona: pollyannef@hotmail.comSerá um prazer trocar idéias contigo.
Bjos

 

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